E o Dallas Cowboys se envolveu em outro dilema com relação a posiçãoo de quarterback. Na última semana, vimos os Cowboys, o time com umas das melhores campanhas da temporada regular da NFL, enfrent seu rival de longa data, o New York Giants, e perder a partida por 10 a 7.
O jogo era esperado principalmente porque o Giants, rivais de conferência, foram os únicos a baterem o time de Dallas logo na semana 1. Surpreendentemente, os Cowboys cresceram ao longo dessas treze semanas, mesmo com um elenco composto por muitos rookies. A cada jogo, a qualidade do time aumentou e com isso, foram a primeira equipe a se classificar para os playoffs.
Dallas era favorito para o jogo, além de ter um dos melhores ataques da temporada, contavam com as falhas que o time de NY vinha cometendo. Nesse Saturday Night Football, entretanto, não houve time superior dentro de campo. Ambos tiveram seus acertos e falhas. Foi um jogo de defesas e não há dúvida quanto a isso. Mas a questão que ficou no ar depois da derrota de 10-7 foi: Dak Prescott está realmente preparado para levar o time ao SuperBowl 51?
Primeiro que a culpa da derrota não deve cair apenas sobre uma pessoa. Football não é um jogo individual, mas é claro que, depois de uma derrota tão “dolorosa”, é normal que os fãs se exaltem.
Foi exatamente o que aconteceu depois do jogo: dedos foram apontados para Dak Prescott e os torcedores exigiram Tony Romo de volta. Como Romo disse em coletiva: “Football é uma meritocracia, e Prescott, conquistou sua vaga de titular”. Não foi por mero acaso, nem por sorte. O conjunto da obra fez com que o ataque do time de Dallas fosse um dos melhores da temporada. E se pararmos para analisar, com exceção da vitória sobre os Browns, nenhuma vitória veio fácil, pelo contrário, foi sofrida, com placar apertadíssimo. Muitas vezes, a conquista veio no último quarto, quando a derrota estava quase certa.
Não acho que os Cowboys sejam o melhor time da temporada, mas o time vem apresentando uma grande força de vontade para lutar sempre até o último segundo. Apesar de ser sua primeira temporada, Dak vem mostrando ter um preparo emocional muito bom, não se deixando abater por eventuais erros.
Pedir para Dak Prescott sair nessa altura do campeonato é desprezar todo o trabalho que ele vem fazendo junto com a equipe de Dallas nessas últimas treze semanas. Sem dúvida, a experiência de Tony Romo seria uma grande vantagem, principalmente porque a tendência é ficar cada vez mais difícil derrotar os adversários. Mas se a equipe chegou tão longe foi mérito de Prescott juntamente com o resto do time.
Algumas questões que deveríamos levar em consideração caso Dallas resolvesse mudar novamente o quarterback titular: Tony Romo, apesar de toda a sua bagagem, teria ritmo suficiente para entrar em campo nessa fase da competição? O quão benéfico seria para ele e para a equipe? Como isso afetaria a estrutura psicológica e a confiança de Dak Prescott, e até mesmo, a sua relação com o time para o futuro?
Mesmo sendo a primeira temporada de Dak, vimos todo o seu potencial como jogador, como líder. E mesmo se o time não chegar ao final dos playoffs, essa temporada vai ficar marcada na carreira dele positivamente. Dak Prescott provavelmente é a peça que faltava no time de Dallas. E com certeza, ele tem chance de brilhar nas próximas temporadas, se continuar sendo o principal.
O grande vilão dessa novela tem nome e sobrenome: Jerry Jones (dono do Dallas Cowboys) permaneceu muito tempo em cima do muro. E na última semana, não descartou a possibilidade do reserva Tony Romo entrar em campo. O que significa que todo mundo é substituível. Mas felizmente, ele se posicionou e disse que Dak continuará como o titular da equipe, e isso traz uma maior segurança para Dak, podendo ser um grande influenciador na autoconfiança do jogador. Porém, é preciso entender que na equipe de Dallas, ninguém está a salvo.
Revisão e Edição: Paula Ivoglo
