Direto da Idade Média, santos e bárbaros se enfrentam novamente.

Depois de vencer uma batalha emocionante, opa jogo, na rodada de Wild Card, os Saints se prepara para mais uma disputa e desta vez contra os líderes da NFC North, os Vikings.
 
Os guerreiros nórdicos vêm para esta partida descansados, querem sobreviver o Divisional Round, e continuar sonhando em quebrar a “maldição” para ganhar o Super Bowl em casa. Será possível? Os Vikings buscam uma vitória nos playoffs desde 2009 quando perdeu a final de conferência para ninguém mais e ninguém menos que seu rival desta partida, o New Orleans Saints.
 
O palco deste grande duelo será o mesmo do Super Bowl LII, o U.S. Bank Stadium e a partida será transmitida pela ESPN no domingo dia 14/01 às 19:40.
 

New Orleans Saints (9-7)
O New Orleans Saints conseguiu passar para a próxima etapa dos playoffs devido a sua vitória emocionante no

Nessa partida pudemos apreciar as belíssimas jogadas do QB Drew Brees que completou 23 dos 33 passes tentados num total de 376 jardas e 2 TDs. Apesar de ter sofrido uma interceptação, não foi o bastante para ofuscar os precisos passes aéreos como o lançamento de 80 jardas para o WR Ted Ginn marcar um touchdown. Com bastante experiência em playoffs, sendo cinco aparições em suas primeiras oito temporadas na NFL, incluindo uma vitória no Super Bowl em 2010, Brees, com seus 39 anos, foi a grande estrela da partida.

As jogadas mais esperadas para o jogo eram as corridas de Alvin Kamara e Mark Ingram. Porém, essas jogadas foram anuladas pela defesa dos Panthers fazendo com que Brees tivesse que arriscar mais jogadas aéreas. Os dois RB juntos totalizaram 45 jardas terrestres. Mesmo tendo dificuldade nas corridas, Kamara continua ameaçador nas jogadas dinâmicas e rápidas e isso foi usado a favor dos Saints
 
Outra arma utilizada pelos Saints, foi a equipe defensiva sendo essencial para a vitória no domingo. Como foi falado na preview do Wild Card Weekend, apesar da defesa se encontrar em 10th na posição do ranking da NFL em pontos cedidos, ela foi melhorando gradualmente durante a temporada e tornou-se peça fundamental durante a partida. A defesa conseguiu a marca de 4 sacks no jogo, sendo que no último o FS Von Bell parou o QB Cam Newton com um sack de 17 jardas, garantindo assim a vitória do time de New Orleans por 31 a 26.
Em suas cinco aparições no Divisional Playoffs, os Saints tiveram duas vitórias e três derrotas. E uma de suas amargas derrotas foi para o seu próximo adversário: Minnesota Vikings. Será que os Saints conseguirão avançar e registrar na história do time uma revanche?
 

Minnesota Vikings (10-3)
Os Vikings abrem sua participação nos playoffs exatamente como começaram a temporada: enfrentando o New Orleans Saints em casa. Após o Green Bay Packers perder seu QB, Minnesota assumiu o favoritismo da divisão e fez sua melhor temporada desde 1998 (15-1). Venceu Saints, Buccaneers, Bears (2x), Ravens, Browns, Redskins, Rams, Lions, Falcons, Packers (2x) e Bengals. Foram 7 vitórias em casa e nos confrontos divisionais ficou 5-1.
Mesmo após a perda de Sam Bradford, os Vikings e Pat Shumur adaptaram suas chamadas e jogadas ofensivas ao perfil de Case Keenum e conseguiram um ataque bastante balanceado e consistente – 10º da NFL em pontos, 11º em jardas totais e aéreas por jogo e o 7º em jardas terrestres. Em casa, ainda viram o emocionante retorno de Teddy Bridgewater após quase 2 anos de recuperação da lesão no joelho.
E em termos defensivos, a esquadra mais consistente e dominante da NFL. Eles podem parar o jogo corrido e sufocar o passe (2ª melhor defesa nesses quesitos), os melhores em evitar pontuações (1ª) e parar big plays (1ª – defesa que menos permite corridas de 10 ou mais jardas e recepções de 20 ou mais jardas). É a defesa mais eficiente contra 3ª descidas, permitiu apenas 51 conversões de 202 tentadas. O coordenador defensivo Mike Zimmer implantou sua filosofia 4-3 e trouxe a double-A gap blitz – uma formação que confunde os esquemas ofensivos porque não é utilizada somente em situações de blitz. Drew Brees deve estar preocupado, muito preocupado.
Uma retrospectiva estatística do time é apresentada abaixo.

Temporadas: 57 (1961 até 2017)
Record (V-D-E): 470-390-10
Playoff Record: 19V-28D
Vitórias em Super Bowls : 0 (4 Aparições)
Jogos totais em Playoffs: 47 jogos, 19V-28D Jogos totais Wild Card: 13 jogos, 6V-7DDivisional Round: 21 jogos, 9V-12DConference Championship: 9 jogos, 4V-5D
 
Em sua 6ª temporada na NFL e 1ª pelos Vikings, o estreante em playoffs Case Keenum iniciou 14 jogos na temporada regular e conseguiu 3574 jardas aéreas, 22 TDs, um rating de 98,3 e apenas 7 interceptações. Além disso, fora 160 jardas corridas e 1 TD. Ajudado pelo bom play calling e com uma inebriante movimentação no pocket e lançamentos inteligentes, Kennum ficou apenas atrás de Brees em porcentagem de passes completos (62,6%). Bom também em passes rápidos de média distância, sabe utilizar o play-action com astúcia – utilizou em 28,7 % dos passes e seu rating sobe para 111,8 nessas situações. Foi se desenvolvendo ao longo da temporada e após a semana de bye (9) foram 15 TDs e 4 INT. Sua porcentagem de passes completos e rating sobem para 71% e 107,2, respectivamente. O QB fica entre os top 10 em passer rating, porcentagem de passes completos, rating sob pressão e interceptações. Não o é em jardas aéreas e passes para TDs, mas para um time com uma defesa consistente e um ataque balanceado, ele desempenha sua função como necessário: ser eficiente, não sofrer turnovers e mover as correntes.
 
São grandes forças no ataque aéreo a dupla de WR Adam Thielen e Stefon Diggs. Thielen faz o melhor ano da carreira – tem a 5ª melhor marca da NFL e a 9ª da história dos Vikings em jardas recebidas em uma temporada (1276), com 91 recepções (8º) e 4 TDS. Stefon Diggs teve 64 recepções para 849 jardas e 8 TDs. Os Vikings também conseguiram construir um potente jogo terrestre, o 7º melhor da NFL com Latavius Murray e Jerick McKinnon que juntos tem 1412 jardas terrestres e 11 TDs. Além disso, o conjunto de RBs do time acumulou 2461 jardas totais, a quarta melhor marca da NFL.
 
Como não podia ser diferente, para a melhor defesa, várias estrelas. O DE Everson Griffen forçou 4 fumbles e ocupa a 4ª colocação da Liga em sacks (13). É a terceira temporada que ele tem 10 ou mais sacks (12 em 2014 e 10,5 em 2015). Eric Kendricks teve 113 tackles (lidera o time pelo 3º ano seguido), 1 sack, 2 interceptações com um retorno para TD. Junto com Anthony Barr formam um ótimo duo de LBs. O S Harrison Smith está na 5ª colocação da Liga com 5 interceptações e os CBs Xhavier Rhodes e Trae Waynes têm duas interceptações cada um.

Confronto direto:
As duas equipes já se enfrentaram este ano, a partida foi em Minnesota na primeira rodada da temporada, e os Vikings levaram a melhor vencendo os Saints por 29 – 19. E em quesito de pós temporada também não faz muito tempo que os times se enfrentaram, sabe a única aparição e conquista do time de New Orleans no Super Bowl? Então, ela só foi possível depois da vitória dos Saints na final de conferência contra os Vikings, o jogo foi para o OT e o placar final foi de 31 – 28.
 
Assim como as equipes de hoje é diferente que a da temporada de 2009, a equipe da 1º rodada desta temporada também não é a mesma que está entrando para este confronto Divisional. No Saints as estrelas do jogo terrestre Ingram e Kamara não tinham mostrado seu brilho ainda, a sintonia entre Drew Brees e Michael Thomas não tinha aparecido, e agora, como mostrou na rodada anterior, leva medo aos seus oponentes. E os nortenhos de Minnesota não estão com o mesmo QB, na 1º rodada o QB dos Vikings era o Sam Bradford, que acabou se lesionando, e isto fez com que o QB Case Keenum assumisse sua posição de titular.
 
O ponto preocupante para os Vikings e exatamente o seu QB, por mais que o Keenum tenha um bom rating nesta temporada (98,3) e uma bela performance, o quarterback nunca participou de um jogo de pós temporada, enquanto seu oponente Drew Brees tem 12 jogos de playoffs no seu currículo. E por mais que a defesa dos Saints tenha feito um belo jogo de wild Card os recebedores dos Vikings não vão ter muitos drops como os de Carolina, e o Keenum nessa temporada teve somente 7 interceptações, ou seja, seu único problema será ele mesmo. Será que Keenum vai conseguir controlar seu nervosismo e não pipocar? Porque vimos que o nervosismo e a inexperiência nos playoffs pode ser um grande fator para a outra equipe levar a vitória, como aconteceu com o Los Angeles Rams na semana passada. E os Vikings precisa que seu ataque fique mais tempo em campo para deixar o experiente QB dos Saints Drew Brees fora de campo.
 
Já para os Saints o problema começa com o que não vimos no jogo anterior: o maravilhoso jogo terrestre da equipe. Agora, Ingram e Kamara então enfrentando a melhor defesa da NFL, e nos últimos 3 jogos os RBs dos Saints tiveram uma media de 3 jardas por carregada. Será que os RBs de New Orleans vão mostrar o que fizeram ao longo da temporada? E na parte defensiva dos Saints, por mais que tenha tido uma grande melhora, a defesa permitiu durante a temporada 41% de conversão de terceiras decidas, sendo a (27º da liga), sendo assim algo para ficar de olho.
 
O confronto entre guerreiros, WR Michael Thomas dos Saints e o CB Xavier Rhodes dos Vikings, é algo que precisamos prestar atenção, porque se o CB Rhodes anular o WR Thomas no jogo, o QB Brees terá que ir atrás de outros recebedores, como o WR Ted Grinn Jr. e também o RB Kamara.
 
A vantagem de jogar em casa também é um grande fator para esse confronto querendo ou não, pois os Vikings ganharam os últimos 5 jogos em casa, e os Saints perderam os últimos 3 jogos fora de casa.
 
Está batalha medieval está bem balanceada, e tem tudo para ser um espetáculo com um QB experiente e brilhante do lado dos Saints que possui uma equipe equilibrada, e do outro lado temos a defesa esplendida dos Vikings e com um bom ataque. Quem será que vence essa disputa histórica? Para a casa de apostas e comentaristas americanos eles acreditam que a melhor defesa, os Vikings, irá vencer esta batalha.
Veja a situação dos jogadores lesionados para essa partida, no Injury Report (12/01/17).

Quem ganhar este confronto enfrentará ou o Philadelphia Eagles ou o Atlanta Falcons na final de conferência, que acontecerá no domingo dia 21 de janeiro.

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