Giants vence Cowboys em jogo dificílimo e segue confiante nos playoffs

O New York Giants (9-4) exorcizou o último jogo contra os Steelers na noite de domingo, no Sunday Night Football, em casa, contra o Dallas Cowboys (11-2), uma das melhores equipes da temporada atual, solidificando o seu lugar e ficando um passo mais próximo na corrida dos playoffs.
Essa é a segunda vitória dos Giants sobre os Cowboys, que na semana um, ganhou do time da casa em pleno AT&T Stadium. No jogo desse domingo, apesar da vitória apertada por 10 a 7, os Giants interromperam uma sequência de 11 vitórias do time de Dallas.
Apesar do começo lento e de uma primeira metade de jogo apagada, o Giants conseguiu, com uma atuação louvável de sua defesa – apesar da ausência de Jason Pierre-Paul – segurar Dallas fora da end zone pela segunda metade do jogo inteira, fazendo com esse jogo marcasse também os piores índices da temporada para o QB Dak Prescott.
Os Cowboys apresentaram problemas em todos os jogos até agora quando enfrentam defesas sólidas, ainda que isso não tenha sido suficiente, até então, para ocasionar uma derrota. O que vimos ontem foi Prescott pressionado a noite toda, sendo interceptado duas vezes, sacado 3 vezes e tomando 8 hits.
Jogadas que “driblaram” a defesa dos Giants na primeira metade do jogo já não funcionaram tanto na segunda, o que fez com que o time da casa conseguisse a virada. Dak lançou para apenas 165 jardas e completou 17 dos 37 passes tentados. Ezekiel Elliott, um dos principais nomes da temporada, correu para 107 jardas, mas foi um jogo muito difícil do começo ao fim, dado o vigor que enfrentou do outro lado.

Dez Bryant foi destaque negativo pelo lado dos líderes da divisão, sendo anulado durante toda a partida e ainda cometendo um fumble em um momento delicadíssimo, o que praticamente garantiu a vitória dos Giants.
Substituto de Jason Pierre-Paul, Romeo Okwara merece destaque pelo jogo sólido que fez. Ele cobriu bem as bases e mostrou avanços técnicos que fizeram dele o starter neste domingo. Ele teve 8 tackles, 3 QBs hits, 1 sack e 1 desvio de passe. Seus tackles foram bem feitos e isso demonstrou que pode ter futuro em Nova Iorque. Landon Collins também tem feito partidas ótimas, se mostrando um grande trunfo do time.
O grande problema visto no jogo é que ambos os times sofrem muito com os danos que eles mesmos se causam. Mais até o Giants do que Dallas, quando pensamos em erros e faltas que custam não só jardas como às vezes desperdiçam ótimos drives e fazem até mesmo os jogos escorrerem entre os dedos. Não foi uma boa noite para os quarterbacks e suas linhas ofensivas: se Dallas teve problemas, o Giants se mostrou ineficiente com apenas 1 field goal na primeira metade do jogo e viu mais uma vez Eli Manning desconfortável, lançando bolas descalibradas, acabando com 1 interceptação e perdendo 2 fumbles.
Elliott foi bem no jogo, correndo para mais de 100 jardas, mas a defesa ainda conseguiu manter o ótimo rookie fora da end zone e impedindo as corridas de muitas jardas. A leitura do plano de jogo dos Cowboys, pelos Giants, funcionou para segurar o time; a inabilidade dos “gmen” estava em conseguir fazer seu ataque render.
A vitória veio em boa hora para os Giants, já que os adversários que também batalham por uma vaga nos playoffs também ganharam seus jogos: Vikings, Redskins, Tampa Bay, Falcons, Lions e Packers todos acabaram vencendo e embolando um pouco mais a corrida.
Também veio em boa hora por manter a divisão aberta. É claro que as chances dos Giants surrupiarem o título de Dallas é ínfima, mas ela existe. Não é toda hora que encontramos uma vitória dessa magnitude acontecendo na NFL e nem com o tanto que representa: se para Dallas talvez tenha sido uma chamada à realidade, de que os bons também erram, para os Giants talvez tenha sido o recado oposto, de que um time cujo Quaterback vem sendo contestado não só pelos críticos como pela própria torcida, com justa razão, tem muito a oferecer e não está nem de longe morto na competição.

Se o problema dos Giants é a inconstância e a inconsistência – por incrível que pareça não por parte de sua defesa – talvez o problema dos Cowboys seja um excesso de confiança não declarado e um favoritismo prematuro que tenha feito mais mal do que bem. Como Patriots e Raiders que vemos como outros dois melhores times desse ano, os Cowboys se colocaram em uma posição de constante exigência. Os adversários na verdade entram sabendo que não serão favoritos. E isso cria uma atmosfera de “nada a perder” x “muito a provar”.
Odell disse no fim do jogo que ele passou a primeira metade em piloto automático e que quando entrou em campo na segunda metade disse a si mesmo “está na hora de acordar, garoto”. E isso fez toda a diferença. Enquanto o segundo colocado da divisão sai desse confronto com um gás a mais esperando os Lions, que também venceram seu jogo, Dallas sai com vários pontos de interrogação e promessa de que “um jogo apenas” não alterará o curso das coisas que, para eles, a última parada é a única possível, no Super Bowl.
Com certeza o jogo de ontem nos deu muitas certezas. Mas também nos lembrou que os jogos são feitos de surpresas e de grandes turnovers e que uma jogada pode ser suficiente para fazer com que o veterano pareça rookie e o rookie pareça veterano. Divisão aberta, corrida para os playoffs também.
Parece que “o limbo da NFL” que é a NFC East, no final das contas, é uma das divisões mais interessantes a se observar em 2016-2017.
Revisão e Edição: Paula Ivoglo

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