1. Los Angeles Rams é a maior decepção da temporada
Os dois times da NFC geraram altas expectativas nos fãs durante a offseason. Após chegar ao Super Bowl na temporada passada, o retorno de Cooper Kupp para integrar o bom grupo de recebedores da equipe e ainda com um dos melhores running backs da liga, os Rams eram os favoritos na NFC West e, arrisco até dizer, na conferência. Acontece que não é isso que temos visto em campo. Nos três primeiros jogos, as vitórias vieram, mas não de forma convincente. Ganhou de um Panthers com Cam Newton nada bem, de um Saints em que Drew Brees se machucou e com sufoco dos Browns. O bom trabalho de Sean McVay que vimos no ano passado não parece estar surtindo efeito e o desempenho de Goff dentro de campo caiu consideravelmente. Esperávamos ver um time competitivo, mas vemos atuações ruins e partidas com muitos erros, principalmente por parte de Goff, que me parece bastante abatido. Numa das divisões mais fortes atualmente da NFL, chegar quase à metade da temporada regular com uma campanha 3-3 e duas derrotas contra rivais de divisão pode ser o fim para conquistar título divisional e, na Conferência Nacional, pode ser até o fim de uma briga pela vaga do wild card.
2. Sam Darnold é o que faltava no New York Jets
Perder o quarterback titular é sempre um transtorno, mas neste ano temos visto vários reservas dando show. Infelizmente não foi o caso dos Jets. A volta de Sam Darnold mostrou que ele era o que faltava para o time ganhar força. Darnold jogou em alto nível e nem tomou conhecimento da defesa dos Cowboys, mas o ponto principal é o impacto que ele trouxe para outros setores, como por exemplo, o fato de Bell ter ficado visado, o que possibilitou o desenvolvimento de um jogo terrestre melhor, já que a defesa tinha que marcar o jogo aéreo com maior atenção. Outro fator positivo é que, apesar da defesa dos Jets estar longe de ser uma das melhores, teve boas atuações nos jogos anteriores e, nesta semana, pôde ficar mais tempo fora de campo e ter uma consistência maior durante toda a partida. Obviamente o time ainda precisa de muitos ajustes, mas Darnold com certeza consegue elevar a equipe para um outro patamar.
3. Marcus Mariota já deu o que tinha que dar
Está mais do que claro que o Tennessee Titans precisa procurar um novo quarterback para a franquia. Para sermos justos, as estatísticas de Mariota em sua carreira não são ruins, mas também não são boas. Se analisarmos apenas os números, o seu desempenho é mediano para baixo. Se analisarmos as partidas, podemos perceber que é mais para baixo do que para mediano, cometendo erros ainda bem infantis que um jogador em seu quinto ano de liga já não pode mais cometer. Outro fator a ser levado em consideração é que todos nós esperamos que, com o passar do tempo, um quarterback novato evolua seu jogo e amadureça, só não vimos isso acontecer com Mariota. Ele estabilizou e não consegue desenvolver muito além disso. Ele tem apenas uma ou outra partida boa, mas nada que chame atenção ou mereça ser ovacionado. Jogando este ano por uma renovação contratual, era de se esperar que estivesse em um nível melhor para mostrar serviço e tentar levar o time à pós temporada. Ainda mais estando numa conferência em que o teto para wild card é baixo. Infelizmente, o caminho de Mariota tá mais claro do que nunca e será fora dos Titans. Inclusive, já foi anunciado que Ryan Tannehill será o titular da próxima semana.
4. Russell Wilson é o único quarterback entre os mais antigos que está bem
Levando em consideração jogadores com pelo menos cinco anos de liga ou que chegaram em 2012, Russel Wilson é, atualmente, o melhor entre eles. Tom Brady, Aaron Rodgers, Philip Rivers, Matt Ryan… Nenhum deles está jogando no mesmo nível. Não estou dizendo que os quarterbacks citados não são bons ou estão jogando mal, mas Wilson está infinitamente melhor do que eles, tendo um ano digno de MVP e, por enquanto, a cada partida, ele vem comprovando isso. Com 124.7 de rating, o melhor da temporada, 72.5% de passes completados e 14 touchdowns, ambos os segundos melhores, uma média de 284 jardas por partida e nenhuma interceptação, obviamente são números admiráveis. Isso sem contar a própria atuação dentro de campo, as leituras das jogadas e a precisão nos passes. Todos esses elementos fazem de Russel Wilson, neste momento, o melhor dentre os quarterbacks mais experientes da liga. Se continuar jogando neste nível, está claro que os Seahawks, muito provavelmente, estarão nos playoffs deste ano e que Wilson estará na briga pelo MVP.
5. A NFL precisa urgentemente rever a arbitragem
Já falei sobre isso no texto “5 coisas que descobrimos com a semana 1”. Na verdade, isso não é nenhuma descoberta, mas apenas uma confirmação de que a arbitragem da NFL está estragando o espetáculo. O prejudicado da rodada foi o Detroit Lions no jogo contra o Green Bay Packers. Em verdade, podemos dizer que as zebras já estão com campanha 2-0 depois de influenciar diretamente o resultado dos Saints e agora dos Lions, ou seja, estão melhores do que os Dolphins e Bengals, que estão sem vitórias, e que Redskins e Falcons, que têm uma vitória cada. O fato é que este tipo de coisa não pode acontecer, ainda mais no formato de campeonato da NFL, em que todos os jogos tem uma importância crucial para colocar ou tirar os times da pós temporada. Com tantas câmeras e com a revisão de jogadas, a arbitragem precisa tomar mais cuidado e ter outros meios para verificar as chamadas das faltas. Talvez um ponto eletrônico em que alguém avise ao árbitro em campo que ele tá fazendo merda ou qualquer outro meio eficaz. Enfim, as zebras mais uma vez estão atrapalhando mais do que ajudando e, dessa vez, a derrota dos Lions foi injustíssima.
Por Emmanuele Alves