5 COISAS QUE DESCOBRIMOS NAS SEMANAS 3 E 4

 

  1. Quando estiver numa 1st&goal na linha de 1 jarda, corra!

O Seattle Seahawks já tinha nos ensinado esta lição no Super Bowl XLIX, mas parece que alguns times ainda não aprenderam. O alvo da vez é o Green Bay Packers, que cometeu este mesmo erro durante o jogo na semana 4. A primeira oportunidade surgiu por volta dos 9:00 do quarto período, quando perdiam por 7 pontos de diferença para o Philadelphia Eagles. Entretanto, todas as chamadas foram de passe, o que torna ainda pior do que os Seahawks, que na época tentaram correr três vezes com a bola, mas os Packers nem isso fizeram. Já no minuto final do jogo, uma nova oportunidade de empate, dessa vez na linha de 3 jardas em uma 2nd&goal, que acabou resultando em interceptação. Fica claro que o time continua com problemas para estabelecer seu jogo terrestre (ano passado Green Bay foi apenas o 22º melhor nesse quesito, nesse ano é o 26º). Novamente Rodgers tem que ser o salvador da Pátria e tentar resolver tudo pelo ar, mas nem sempre é possível não é mesmo? Um jogo terrestre mais consistente ajudaria a aliviar a pressão em cima de Rodgers. 

 

  1. Daniel Jones é o futuro dos Giants

O Draft de 2019 do New York Giants foi o mais contestado dos últimos anos, pode-se dizer. Eu nunca tinha visto uma torcida vaiar uma escolha de primeira rodada, nem conheço algo parecido na história da NFL. Vamos contextualizar: os Giants tinham 3 escolhas de primeira rodada e decidiram ir de quarterback na primeira, nada fora do normal se esta escolha não fosse Daniel Jones que provavelmente estaria disponível algumas escolhas mais abaixo. Sem entrar em polêmicas de certo ou errado, a questão é que após dois jogos com vitórias em ambos, Jones tem mostrado a que veio, e talvez o GM David Gettleman não estivesse tão doido assim. Tudo bem que não foram dois oponentes com defesas maravilhosas, mas o calouro apresentou um bom jogo e tem potencial para crescer. Melhorando algumas peças no elenco, como a linha ofensiva e a defesa, principalmente a secundária, o New York Giants tem tudo para voltar a ser um time mais temido pelos adversários. Acredito que neste momento, a confiança em Jones deve ser mantida e a construção da equipe em torno dele deve ser o ponto chave para o sucesso da franquia.

 

  1. Condutas antidesportivas não devem ser toleradas

 

O futebol americano, apesar de naturalmente ser um esporte de contato, deve ser encarado acima de tudo como um esporte e como tal tem a finalidade de entreter e divertir a todos, tanto aqueles dentro de campo quanto fora dele. Ocorre que, infelizmente, nem todos encaram desta maneira e transformam em algo negativo com atitudes deploráveis. Esse último é o caso do LB Vontaze Burfict. Arrisco dizer que seja o jogador mais sujo de toda liga e talvez até de todos os esportes que já tive o prazer de acompanhar. O episódio da vez aconteceu no jogo entre o Oakland Raiders e o Indianapolis Colts, quando Burfict deu um tackle desnecessário no TE Jack Doyle (IND) que já estava completamente dominado. Por conta disso, a liga decidiu suspendê-lo pelo resto da temporada. Não é a primeira vez que o jogador está envolvido neste tipo de situação, seu histórico já conta com 4 outras suspensões e 9 multas, todas por circunstâncias semelhantes. A NFL acertadamente deve continuar punindo este tipo de atitude que não acrescenta em nada ao esporte, pelo contrário, apenas prejudica a todos. Sinceramente, ele deveria ser banido da liga para sempre e servir de alerta para todos os novos jogadores que este tipo de conduta não é aceita na NFL e nem em qualquer outro esporte.

 

  1. Quarterback titular fora nem sempre significa o fim da temporada

No texto “5 Coisas que aprendemos com a semana 2” ressaltei a importância de uma boa linha ofensiva para manter o quarterback titular saudável e, consequentemente, se manter na disputa. Ocorre que isto nem sempre será possível e dessa vez vou ressaltar o que acontece em situações que o reserva precisa entrar em campo. Ano de 2016, Tony Romo se machuca na pré-temporada, Dak Prescott assume a posição e conquista o título da divisão. Ano de 2017, Carson Wentz se machuca e Nick Foles conquista o primeiro Super Bowl da equipe. Ano de 2019, Nick Foles, Drew Brees, Ben Roethlisberger, Mitchell Trubisky e Cam Newton, todos fora da temporada por algum período. Fim da temporada dos seus times? Acho que não. Os reservas estão dando o que falar. Mesmo com os titulares fora, as equipes têm conquistado vitórias e estão conseguindo se manter na briga dentro das divisões. Resta saber até quando ainda conseguirão segurar as pontas e se realmente essas vitórias se transformarão em títulos. A questão é que mesmo com uma linha ofensiva boa, ter um bom backup é sempre importante. Nem sempre é preciso que os reservas façam milagres, mas o bom e velho básico quando for bem feito não significa o fim do mundo e as esperanças podem ser mantidas.

 

  1. A NFL é a liga esportiva mais competitiva

Estamos entrando na semana 5 com apenas três times invictos ainda, quatro sem vitórias, sete com campanhas 3-1 e treze times com campanhas 2-2, quase metade da liga com aproveitamento de 50%. Não tem absolutamente nada definido e a imprevisibilidade domina a NFL neste momento. Até os times invictos não estão tendo vitórias fáceis. Cada jogo pode custar muito e cada erro por menor que seja pode tirar a vaga nos playoffs. Por mais que tenhamos times bem mais superiores que outros no papel, cada jogo nos mostra que, como no bom e velho ditado, “o jogo é jogado”.  Não há nada decidido ainda e as divisões estão abertas. Não há uma disparidade tão grande assim entre as equipes (tirando os Dolphins atualmente) e isso é demonstrado dentro de campo. De fato, podemos dizer que a NFL é a liga esportiva mais competitiva porque cada jogo é decisivo e mesmo times superiores precisam se esforçar para ganharem seus jogos.

 

Por Emmanuele Alves

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